21 de junho de 2008

Era uma vez o Oeste

Junho de 1977, um novo fumetto chega às bancas da Itália para revolucionar, de vez, o modo de se contar histórias de faroeste. Depois de KEN PARKER, simples aventuras de tiroteios, brigas de saloon, roubos a bancos, perseguições a diligências, embates entre índios e a cavalaria passaram a ser pueris demais.

Berardi e Milazzo levaram o homem comum ao Oeste e, de repente, o mocinho deixa seu garanhão de lado para ajudar uma égua em seu parto; a prostituta passa de coadjuvante a personagem principal; os índios já não são mais aqueles que massacram e o herói gosta de ler Shakespeare e Karl Marx.

Os jovens autores se consagraram e, hoje, são referências. Rifle Comprido não luta mais sua causa, mas conseguiu de Sergio Bonelli uma declaração que define sua importância no mundo da arte seqüencial: “Aos poucos, aventura atrás de aventura, o seu modo de enfrentar problemas complexos, nunca abordados, conquistou – ou melhor, reconquistou – uma nova geração, que havia abandonado a leitura dos quadrinhos porque não conseguia encontrar nenhum personagem que refletisse sua sensibilidade e amadurecimento”.

Eu ouso acrescentar: “KEN PARKER também conquistou os fãs de Buck Jones, Durango Kid, Rock Lane, Cavaleiro Negro, Kid Colt e todos os apaixonados pelo gênero western, que não acreditam em caubói que dá 100 tiros de uma vez”.

João Guilherme

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