9 de julho de 2008

De onde saiu você, Pat O'Shane?

Já que esta semana, pelo menos até agora, só estamos falando de Pat O’Shane, vamos abordar um assunto, no mínimo, curioso: em que atriz Giancarlo Berardi se inspirou para criar a personagem endiabrada que conquistou a todos os kenparkerianos, mas que foi verdadeira pedra na bota de Rifle Comprido?
Alguns citam Hayley Mills, que interpretou Pollyanna, filme homônimo de Walt Disney (1960), que narra a história de uma pequena órfã, alegria de toda uma cidade e que só é problema para a tia Polly, mulher fútil, preocupada com aparências.

Inger Nilsson também foi lembrada. Atriz sueca que viveu Pippi Longstocking (Langstrump), uma menina com força sobre-humana que vive no campo, na companhia de um cavalo e um macaquinho. Série televisiva (1969), baseada na obra de Astrid Lindgren, na Itália, foi batizada de Pippi Calzelunghe.

Mas falem o que quiserem falar, se alguém inspirou Berardi, não tenham dúvida, foi Kim Darby, a determinada Mattie Ross do filme True Grit (USA – 1969), de Henry Hathaway (Bravura Indômita, no Brasil). Para encontrar o assassino de seu pai, que fugiu com as economias da família (até o enredo é parecido com a história de KEN PARKER 12), a garota contrata o rabugento, bêbado, porém, destemido comissário Rooster Cogburn (John Wayne). A relação dos dois é desastrosa e se complica quando um inexperiente Texas Ranger (Glen Campbell) decide acompanhá-los na caçada. Robert Duvall, Dennis Hopper e Strother Martin estão no elenco. Um magnífico faroeste que rendeu o único Oscar da carreira brilhante do saudoso Duke.

Mas não importa, Pat conquistou personalidade própria. Menina, para não sofrer... irreverente, para ocultar a carência... meiga, arredia e hilária. De longe superou qualquer uma das três estrelas que possa lhe ter servido de guia. Pat vai ser sempre a filha adolescente, a irmã insuportável, a amiga chata de quem, jamais, se procura livrar.


João Guilherme

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