31 de dezembro de 2008

Próspero 2009!!


KEN PARKERBlog

27 de dezembro de 2008

Luca Vannini




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24 de dezembro de 2008


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22 de dezembro de 2008

Uma capa que Milazzo não desenhou

Embora com um atraso de um ano do lançamento de SILÊNCIO BRANCO, número 01 da coleção KP Magazine, a revista Fumo di China (Edizioni NED 50 Srl) em sua edição de junho de 1993, traz a matéria KEN PARKER, herói por acaso. Com direito a entrevistas de Berardi & Milazzo e Pasquale Frisenda (representando os novos desenhistas da saga), a publicação aborda a nova fase de Rifle Comprido, cinco anos e cinco meses depois do último capítulo de UM HÁLITO DE GELO (Comic Art 40) ir às bancas italianas.

Uma curiosidade, a ilustração da capa é de autoria de Pasquale Frisenda e não de Ivo Milazzo. Abaixo podemos ver a arte, inédita, dedicada a Alberto Bonanni, redator chefe e diretor de arte da revista.


João Guilherme

18 de dezembro de 2008

Bira de la Mancha!

Nascido Ubiratan Libanio Dantas de Araújo, em São Paulo, capital, no dia 03/03/1963, é mais conhecido no Brasil e em todo o mundo como Bira Dantas. Vive em Campinas/SP onde casou com Claúdia, tem uma enteada, Alice de 26 anos e sua filha Thaís de 8 anos. Um dos maiores mestres do traço nacional, o Bira, concedeu-nos essa entrevista, juntamente com essas ilustrações exclusivas para o KEN PARKERBlog, em comemoração aos 30 anos de Rifle Comprido no Brasil.

Conheçam agora um pouco mais desse grande ilustrador.

1° - Conte-nos um pouco, quem é Ubiratan Dantas?

O Ubiratan é pessoa séria, com CIC e RG. Já o Bira, apesar de sempre estressado com prazos e projetos que bagunçam sua mesa enorme, é uma pâmdega. Desenho e posto imagens na web o dia inteiro. E meu computador ainda está cheio de caricas, cartuns, quadrinhos e esboços inéditos. Sou um cara completamente desorganizado. Talvez por isso eu me dê tão bem com a internet e várias listas de discussão que participo: (ImagoDays, Front, Ilustralista, Gibiteca, Comic Nacional, Robin Wood, Animadores, Caricaturistas, etc).

2° Como se deu seu contato com os quadrinhos?

Ainda criança, meu pai comprava O Globo no domingo. Eu caía direto no Globinho, que trazia aventuras de Asterix, Tarzan, Fantasma, Flash Gordon, Dick Tracy, Brucutu, Lucky Luke, Capitão Eco (Miguel Paiva) e muitos outros. Depois foram os gibis em formatinho da Bloch (Capitão América, Hulk, Thor, etc). Eu copiava tudo isso. Adorava os irmãos John e Sal Buscema. Depois foi a vez dos gibis da Ebal. Curtia tudo, mas preferia Batman, Superman e Tarzan. Gibi Semanal e Kripta. Finalmente caí nos westerns. Na TV, era Super Dínamo, National Kid, Vigilante Rodoviário, Besouro Verde, Terra de Gigantes, Viagem ao Fundo do Mar e todas as animações toscas da Marvel, claro. Depois Pecos Bill e Calafrio, editados pelo Zalla e toda a série da Circo Editorial (Chiclete com Banana, Geraldão, Piratas do Tietê, Circo), além das publicações do Marcatti (Lodo, Mijo, Soslaio, Refugo) e Níquel Náusea. Dei uma entrevista pra revista Quadrinhópole onde falo sobre muita coisa relacionada à HQ.

3° O curso de Editoração em História em Quadrinhos que você fez na USP foi seu primeiro contato com a Nona Arte de modo profissional?

Não. Antes disso eu já trabalhava como desenhista do gibi Os Trapalhões, no estúdio do Ely Barbosa. O curso na ECA foi uma tentativa de me aprofundar na parte mais técnica da produção, do corpo de uma revista, e não apenas de uma HQ isolada. E foi muito legal. O Gualberto e o Jal eram os professores (tinham substituído a Sonia Bybe Luyten) e levavam caras como Ziraldo, Maurício de Souza, Angeli, Fernando Gonzales pra gente ouvir. E tudo terminou com mais uma edição da Quadreca, o fanzine-laboratório de HQ. Aliás, publiquei uma HQ na Quadreca há uns 2 anos. Foi quase uma "A volta dos Mortos-Vivos" (rs)...

4° Quais são suas maiores influências nos quadrinhos e nas caricaturas?

Nos Quadrinhos, Albert Uderzo, Will Eisner, Morris, Neal Adams, Buscema, Hal Foster e Alex Raymond. Mesmo no meu estilo cômico, sei que aprendi com eles muita coisa de anatomia, perspectiva, movimento, construção de cenas. Nas caricas: Mendez, J. Carlos, Belmonte, Paulo e Chico Caruso, Edgar Vasques, Ziraldo, Loredano, Mulatier, Morchoisne, Rampal, Sebastian Krüger, Al Hirschfeld.


5° O que gosta de ler e quais quadrinhos compra hoje em dia?

Leio tudo. Revistas (como Ser Médico, Pesquisa e Tecnologia, Revista do Brasil, Caros Amigos, Piauí, A Semana, Wismania, Mundo dos Super Heróis), livros sobre Quadrinhos (todos do Gonçalo Junior e Maurício Pattos de Sá) e de temas variados (estou lendo Zorro de Isabel Allende e Os Príncipes da Irlanda, de Edward Rutherfurd), mas jornais como Folha e Estadão só quando vou ao sindicato (Sinergia) que publica minhas charges. Estou cansado de notícias superficiais, tendenciosas e mal escritas. É isso que a gente encontra nas Vejas e Folhas da vida.

Quadrinhos: Marvel Max, Fábulas Pixel, Superman & Batman, LJA, Julia Kendal, KEN PARKER, tudo do Spacca (Santô, Debret, D. João carioca), As obras de Carl Barks, Spirit (velho e novo), Tex, Aú (o capoeirista), Literatura em Quadrinhos (tudo), quase tudo do selo Quarto Mundo, Conan, MAD, Zupi (revista de arte), Samurai Executor, tudo do Osamu Tesuka e do Joe Sacco, tudo do Marcatti, Turma da Mônica Mangá, Turma do Xaxado, Graffiti.

6° Recentemente lançou o álbum Dom Quixote, ilustrado por você. Conte-nos um pouco sobre o processo de criação e como foi trabalhar com uma das maiores obras da literatura universal?

Li essa obra genial na íntegra em março de 2007, comecei a preparar o roteiro em maio ao mesmo tempo em que fazia o estudo de personagens, de roupas, arquitetura e cenários. A pintura seria toda em aquarela. Um amigo, o jornalista e pesquisador de Quadrinhos e Caricaturas João Antonio Buhrer, me emprestou a adaptação publicada pela Ebal na década de 50 e muito material gráfico.
Originalmente teria 120 páginas. Em junho a minha idéia era publicar em dois volumes, como no original. Em dezembro de 2007, com 80 páginas rot
eirizadas, 15 arte-finalizadas, 6 coloridas, 40 esboçadas, os editores pediram que eu reduzisse para 80 páginas. Eram questões de custo final e perfil editorial. Apertei as primeiras 40 para coincidirem com a metade do livro e refiz o roteiro das outras 40. Levei até janeiro de 2008 para finalizar os desenhos com nanquim e escrever os diálogos. Claudia e Thais, minha mulher e filha ajudavam a apagar o grafite das páginas para eu poder xerocar e pintar com aquarela. Tudo isso era digitalizado. As páginas p/b eu postava no blog; as coloridas, em alta resolução, eu apagava os balões, retocava e guardava para digitar os textos definitivos. Em fevereiro de 2008 me enviaram o texto revisado. Em março fizemos a primeira impressão em p/b já com o texto novo.
Terminei de pintar e digitalizar a HQ em 15 de abril de 2008.
No dia 19, estava tudo gravado num DVD, inclusive a capa nova (um close na cara estropiada de Dom Quixote), que acabou mudando pra se diferenciar da série Literatura Brasileira em Quadrinhos.
Uma pena, pois eu tinha feito uma versão da capa de Antonio Euzébio para Edição Maravilhosa da Ebal.
Durante esse tempo todo, fiz pausas para pesquisas e minha produção normal: Charges para Sindicatos (Sinergia, Sindipetro, Sindiquim); Quadrinhos para revistas (Front, Quadrinhópole, Câmara de Itatiba, Fundacentro) ; ilustrações (Rigesa, Caterpillar, Unimed); caricaturas para a internet, atualizações de fotologs e ainda buscar a filha na escola, levar no caratê, etc.
Só no D. Quixote, gastei uma caixa de aquarela Sakura, uns 8 litros de água (pra aquarela, não pra beber), 3 canetas pretas (artist pen) Pitt Faber Castell, 12 canetas descartáveis de nanquim UniPin japonesas, 0.3, 0.5 e 0.8 mm, 5 canetas de retroprojetor, 10 caixinhas de grafite 2B, 0.7mm, Pentel, 4 canetas pretas ponta porosa Faber Castell (ótimas), 3 marcadores de retroprojetor pretos da Pilot, 4 borrachas TK-Plast grandes (alguém fez uma denúncia sobre a caixinha verde que era tóxica, mas continua sendo a melhor borracha pra apagar lápis que já usei), 180 páginas de papel Chamex Super, A4 e 90 cópias xerográficas...em algumas épocas cheguei a trabalhar 18 horas, num dia, sem parar.

Quando arte-finalizava, cheguei a fazer 5 páginas por dia no nanquim. Isso me dava dor na parte de cima do braço, a conhecida tendinite. De 1 em 1 hora eu levantava e alongava os braços e costas.

7° Vamos a KEN PARKER. Quando se deu, seu primeiro contato com Rifle Comprido? Foi paixão a primeira lida?

Sim. Desde que Cisco Kid, Tenente Blueberry, Comanche, não eram mais publicados, parei de ler esse estilo de Quadrinhos. Mas quando, sem querer, folheei uma revista do KEN PARKER na banca, fiquei estático. A arte de Milazzo me ganhou de primeira. Entrei no ônibus e ao ler as 10 primeiras páginas, a escrita fantástica de Berardi me ganhou de segunda! Apesar de KEN PARKER ter surgido aqui em 1978 (Editora Vecchi), eu só fui conhecer a série em 90, KEN publicado pela Best News. Achei alguns exemplares em sebos e depois, li os editados pela Mythos. KEN PARKER, assim como Tex, é um belo exemplo de Quadrinhos com Q maiúsculo.

8° Quais as 5 melhores e as 5 piores histórias do personagem?

As melhores: O MESTIÇO MÉTIS (que trama fantástica), UM PRÍNCIPE PARA NORMA (poesia em forma de HQ), FILHOTES, A LUA DA MAGNÓLIA EM FLOR, SOLEADO E PÁLIDAS SOMBRAS.

As piores? Passo! Não foram feitas!

KEN PARKER é um dos poucos personagens na histórias dos quadrinhos, que foi agraciado com coadjuvantes excepcionais, nos emocionamos com Mandan, Pat O'shane, o simpático Dash, entre tantos outros... Qual o seu personagem preferido?

O índio Kamoose, amizade é algo que devemos valorizar na vida real e nos quadrinhos e a sua morte nos braços do KEN PARKER (SILÊNCIO BRANCO) foi antológica.

Norma Jean, linda homenagem à estrela de cinema Marlyn Monroe, e ela balançou o coração de nosso herói.

Taí, amizade e amor verdadeiros!

10° Ivo Milazzo, em entrevista, anunciou recentemente que está trabalhando num roteiro de Berardi, para enfim, finalizarem a saga de Rifle Comprido. Você é a favor dessa volta? Porque?

Claro que sou. Esta dupla trabalha em total sintonia. É só ver a série aquarelada que o Clube dos Quadrinhos (CLUQ) publicou aqui. Mesmo sem o texto precioso de Berardi, a sua história está lá presente. Os 4 álbuns mostram detalhes solitários da vida no campo com um grau de delicadeza e poesia, que poucos conseguiram atingir.

Eu só não gosto da idéia deles "finalizarem" a saga. Por quê? Poderiam continuar pra sempre! Os leitores de boas HQs só teriam a ganhar!


Acompanhem o lançamento do álbum Dom Quixote:

LANÇAMENTO DUPLO DE BIRA NESTE SÁBADO
HQ Mix Livraria
Lançamento neste sábado (20/12)
A partir das 17h00
Pça Roosevelt, nº 142
Centro - São Paulo - SP
Tel (11) 3258 7740

DOM QUIXOTE
De Miguel Cervantes, por Bira Dantas
88 Páginas
Lombada Quadrada
Papel Couche
4 cores
R$ 23,90
http://domquixotehq.blogspot.com/

COLETÂNEA DE QUADRINHOS
A HQ "Vida e Morte" (roteiro de Heringer, desenhos de Bira, publicada na Garagem Hermética 2) foi uma das escolhidas.
http://www.terracotaeditora.com.br

E PRA FINALIZAR A NOITE, PIZZADA DOS CARTUNISTAS NA PRESTÍSSIMO
"Pro ano não acabar em pizza"
Dia 20 de dezembro, a partir das 20:00
Prestíssimo Pizzaria
Al. Joaquim Eugênio de Lima, 1135, Jardins
Tel: (11) 3385-4356
http://www.pizzada.net/

Fica aqui o nosso agradecimento a esse grande desenhista, mestre da nona arte, que gentilmente colaborou com o nosso blog. Parabéns Bira!

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14 de dezembro de 2008



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11 de dezembro de 2008


Nosso cartão de Natal é um desenho de Ivo Milazzo exclusivo para a Associação Amigos de KEN PARKER (Piacenza – Itália) fundada por Paolo Molinaroli, que ficou conhecido como a “Alma de KEN PARKER”.

A renda do cartão favoreceu o Depto. Pediátrico do Hospital de Fiorenzuola (Piacenza) e a Associação Giorgio Conti, entidades dedicadas à criança carente.



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9 de dezembro de 2008

KEN PARKER, um fim para a saga!

No último dia 05, o site Comicus divulgou trecho de uma longa entrevista de Milazzo, onde o criador gráfico de Rifle Comprido, entre tantas outras coisas, fala de uma nova história que vai concluir, de vez, a saga do herói. É uma informação breve, sem maiores detalhes, mas categórica.

Eis parte do material divulgado pelo site italiano e sua devida tradução:
"In un'intervista esclusiva per Comicus, realizzata dal nostro Riccardo Galardini, Ivo Milazzo há rilasciato uma dichiarazione che fará la felicita di tutti i fan di KEN PARKER. Il disegnatore há infatti dichiarato che è al lavoro, insieme a Giancarlo Berardi, su un nuovo albo di chiusura del loro personaggio, Che riprende la trama lasciata in sospeso com il protagonista in galera. Al momento, però non si hanno ulteriori dettagli sull’uscita della storia."

"Em uma entrevista exclusiva para Comicus, realizada pelo nosso Riccardo Galardini, Ivo Milazzo deu uma declaração que fará a felicidade de todos os fãs de KEN PARKER. O desenhista declarou que está trabalhando, junto com Giancalo Berardi, em uma nova revista-final de seu personagem, que retoma a trama suspensa quando o protagonista estava preso. No momento, contudo, não há outros detalhes sobre a história."

Quando da realização do 5º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte (FIQ), em outubro de 2007, Berardi concedeu uma entrevista ao jornalista Sidney Gusman, do Universo HQ. Quanto ao futuro de KEN PARKER, declarou: “...Entendo que, para a maioria dos nossos leitores, seria fantástico ver Ivo trabalhar com um roteiro meu. Mas a retomada de nossa parceria deveria acontecer em KEN PARKER. No entanto, se não encontrarmos uma editora com fidúcia, nem vou começar, pois para terminar a série preciso de mais seis, sete, oito episódios e quero uma editora que me diga: “Faça-os!”; e não de uma que verá se a primeira edição vai dar certo para saber se continua. Interrompi KEN PARKER duas vezes, não o farei uma terceira. Ou me dão a possibilidade de acabar a série ou não recomeço.”

Quem viver, verá!

  • Agradecemos aos amigos Mário Latino (informação) e José Ricardo (tradução).

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5 de dezembro de 2008

Aventura para lá de anormal...

ONDE MORREM OS TITÃS, o comovente encontro de Rifle Comprido com Alexandra, que se faz passar por rapaz (Alex) e Orion, garoto down dotado de poderes paranormais, foi publicada, pela primeira vez, na revista Comic Art em cinco capítulos, respectivamente os números 16 a 20 (nov/85 a mar/86).

Curiosamente, as quatro primeiras partes da história são em cores e a última, preto e branco. Coisas de Orion?



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3 de dezembro de 2008

Lugar certo, hora errada...

Não se pode falar em Martin Mystère, Dylan Dog, Napoleone, Nikita sem citar Giampiero Casertano (26/04/1961, Milão, Itália). Esse artista de traços marcantes, assombroso “claro e escuro” e perspectivas para lá de arrojadas, no entanto, começa sua carreira na Sergio Bonelli Editore (SBE) como simples auxiliar de Carlo Ambrosini, na série KEN PARKER, no início dos anos 80.


Na verdade, o autor das primeiras 43 capas de Nick Rider, participa somente de um único episódio de Rifle Comprido, A FÚRIA DE NAIKA (KP 52). Sua colaboração, porém, é mínima: desenha algumas páginas e realiza a arte-final para Ambrosini.



Giampiero Casertano começa sua história nos quadrinhos como colaborador de Leone Cimpellin (Plutos, Johnny Logan, Nathan Never, Martin Mystère, Tex), então seu mestre; em 2003, escreve e desenha o maravilhoso álbum WARS, distribuição da Strip Art Features (SAF), editora da Bósnia-Herzegovina, antiga Iugoslávia (hoje estabelecida na Eslovênia).


João Guilherme

1 de dezembro de 2008



  • Adauto Silva, um mago dos quadrinhos. Veja a grandeza de sua arte em seu blog.

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