4 de fevereiro de 2009

No último dia 31, o amigo Alex Araújo, kenparkeriano de primeira grandeza, deixou um comentário dos mais surpreendentes em nossa postagem KEN PARKER, um fim para a saga! que me deixou pensando... Depois de nosso último post, que também aborda a já famosa história conclusiva da saga de Rifle Comprido, não me contive, contatei Alex e pedi que desenvolvesse sua idéia. Conclusão, estou com ele e não abro, vejam:


E a vida continua...


Existem algumas unanimidades entre os leitores de KEN PARKER. O texto de Berardi é o melhor. O traço de Milazzo, incomparável. Rifle Comprido é especial por se tratar de uma pessoa comum. Igual a mim, a você, ao seu vizinho. Acerta, erra, se diverte, fica triste, enfim, vai levando a vida como todo ser humano. Talvez ele tenha vivido um número de aventuras maior do que todos nós, mas, se não fosse assim, não haveria motivos para se escrever sobre ele. O fato é que KEN PARKER é humano. Isso nos encanta e emociona. Agora vem a notícia de que Berardi e Milazzo vão por fim às aventuras do nosso amigo – pode ser assim?

Desde que soube das intenções dos autores eu tenho me perguntado: se KEN PARKER é tão humano como cada um de nós, existe algo mais natural do que a sua morte? Eu queria que fosse o contrário, mas não teríamos que nos conformar, como acontece na vida real, por mais difícil que seja?

Queríamos que KEN PARKER fosse eterno? Neste caso, seria ele? Talvez alguém até queira aventuras do senhor KEN PARKER, sexagenário, sem tanta energia...Pode ser. Mas aí seria ele? Queremos o direito ou o avesso?

Não sei exatamente o que vai acontecer. Nem mesmo se os autores vão terminar a saga com a morte de KEN. Mas, eu me pergunto: se isso acontecer, a morte não seria o único final natural para KEN PARKER? Não seria justo?

Alex


Alex Araújo, 40 anos, nasceu em Pará de Minas – MG -, onde vive até hoje. Descobriu KEN PARKER meio por acaso. Em 1986, recebeu, entre dezenas de exemplares de outras revistas, o episódio TERRAS BRANCAS. Demorou 06 meses para ler aquela aventura, desde então não parou mais. Durante anos viajou a Belo Horizonte semanalmente, percorrendo os sebos em busca dos episódios antigos.

Publicitário, é casado com Éricka e pai de Antonio e Enio (que por pouco não se chamou Kenneth). Viajou várias vezes a São Paulo para encontrar Milazzo. Nunca pára de ler as histórias. Começa no primeiro episódio, lê até o último e recomeça. Pelo menos uma história por semana. Definiu: “KEN PARKER muda a dimensão dos quadrinhos. KEN PARKER não é uma HQ. É muito mais que isso.”


João Guilherme

3 comentários:

Lucas Pimenta disse...

Eu concordo com o humanismo das histórias e com a morte... Só não vejo porque não podemos ter histórias de Ken Parker sexagenário. Por ser humano, ele pode morrer velho, também!

Podemos ter Ken contando suas histórias num livro... E Berardi e Milazzo podem fazer isso na última edição... mostrar o futuro...

Ken velho, sentado numa poltrona, seu livro em mãos... como um diário... sei lá... Tanta coisa... Eu só acredito, que por tudo que criaram, juntos, Berardi e Milazzo não têem como errar... Vai ser uma grande história... todos veremos!

E por mim, podia durar bem umas 10 edições mais... todas desenhadas por Milazzo!!!

Anônimo disse...

Legal sua opinião, Lucas. Muito obrigado. Sobre sua resposta, é claro que podemos ter histórias de Ken sexagenário! Aliás, ele pode tudo que um ser humano normal pode. Até morrer! Muito ruim isso, não é? Fala a verdade?
Um grande abraço,
Alex
alex@brsuper.com.br

Anônimo disse...

Conheço Pará de Minas, estive lá, levado por amigos, a procura de belas paisagens natrurais que servissem de modelo para meus quadros.
Fiquei hospedado em um "rancho" perto da cidade as beiras do São Francisco, onde pescava, tomava pinga com cerveja....e as vezes pintava um quadro.
He, he, he,
AMoreira.